No mundo desportivo, bem como noutras áreas da nossa vida, são delineadas metas que queremos atingir. Em todo o nosso percurso, nem tudo irá correr na perfeição, pois vão existir momentos em que as coisas não vão correr como planeado.
Estes momentos podem acontecer, ou por questões que saem fora do nosso controlo, e/ou por questões que estão dentro do nosso controlo, mas que não soubemos no momento gerir da melhor forma. E está tudo bem! É necessário, aceitar, analisar, e definir o que necessitamos de melhorar numa próxima, para que tudo flua de uma melhor forma.
No trabalho com os atletas, costumo dizer uma frase que fui adquirindo como verdade para mim e que me ajuda a olhar de uma melhor forma para as adversidades e para os momentos que nos possamos sentir frustrados.
“Os obstáculos, servem para testar a minha convicção nos meus objetivos, de forma a eu compreender se realmente quero na verdade, aquilo a que me propus.”
Quando nós queremos verdadeiramente algo, conectamo-nos tanto a isso, que tudo aquilo que possa surgir nos ensina, nos faz crescer, amadurecer, tornar mais resilientes, e permite conhecermo-nos a nós mesmo.
Quando adquirimos este mindset, conseguimos compreender que tudo aquilo que surge é por algum motivo, que todas as emoções, são apenas emoções (não há boas nem más), e que quanto mais nos conhecemos, mais fácil se torna lidarmos com os desafios que nos surgem, sejam grande ou pequenos.
A frustração, os momentos de adversidade, é algo que os atletas sentem e passam no seu percurso, no seu processo. A forma como lidam com isso, é que fará toda a diferença no momento e no futuro, influenciando o seu desempenho e os resultados.
A atleta de basquetebol, Ana Jorge, decidiu partilhar convosco a sua visão, o antes e o depois de um trabalho que continua a ser feito. Um trabalho que é fundamental num atleta, e para quem quer, de facto,, evoluir e chegar a patamares mais altos.
A atleta partilha convosco como aprendeu a lidar de uma forma mais eficaz com os momentos menos bons, pelo qual todos os atletas passam.
Sempre fui muito rigorosa e exigente comigo mesma, logo não aceitava muito bem, o errar, o falhar ou o cometer erros. A frustração era um dos sentimentos que sentia com mais frequência, ficava chateada e a remoer sobre o assunto durante demasiado tempo, não sabia lidar com certas situações. As situações mais comuns para mim era quando errava algo que teoricamente era fácil e outra situação era com os árbitros.
Ajudou-me imenso na questão em que compreendi que todos erramos e não erramos de propósito, é algo que acontece e entendi como reagir. No caso dos árbitros, tive que me desligar deles e pensar no meu trabalho, tal como eles estão a pensar no deles e a tentar fazê-lo da melhor maneira. Quanto a mim, tive que aceitar que também erro e quando erro, tento desfocar-me do erro e pensar no que posso fazer a seguir para que seja diferente.
Agora já consigo lidar bem melhor com este sentimento, não digo a 100% porque há sempre algo para trabalhar, mas estou muito bem e sinto que este trabalho foi essencial.
Gostava de dizer que acho o trabalho mental muito importante e que todos os atletas o deveriam fazer, pois ajuda em muitos aspetos e não só no tema falado.
Acredito que esta breve partilha possa ter sido muito importante para ti, que também és atleta, estás a ler este artigo, e que com certeza já passaste por momentos menos bons .
Lembra-te que tudo aquilo que surge no teu caminho, no teu percurso como atleta, é importante para a tua evolução. Tudo te prepara para chegares onde tanto queres! Tudo independentemente se é menos bom ou não, te prepara para seres melhor! Melhor pessoa, melhor atleta, melhor profissional!
Muito grata á atleta Ana Jorge, pelo seu testemunho, pela sua coragem em fazer esta breve partilha. Que possa inspirar outras pessoas de que é possível, aprender a lidar com tudo aquilo que surge de menos bom, basta queremos e trabalhar nesse sentido!
É possível, vivermos em harmonia, paz, amor, equilíbrio, abundância e de bem com a vida. Desde que nos permitamos viver alinhados com o nosso coração.
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